- Nissan é a primeira fabricante de veículos a vender modelos sem intervenção humana
- Tecnologia usada foi criada por brasileiros e também é utilizada para salvar vidas em hospitais
- Primeiro veículo comercializado 100% pelo robô foi um Nissan Kicks
SÃO PAULO, Brasil – A Nissan apresenta no Salão do Automóvel de São Paulo 2018 seu conceito de mobilidade inteligente, o Nissan Intelligent Mobility, que tem como objetivo levar as pessoas a um mundo melhor, usando a tecnologia para o bem-estar dos seres humanos. E este conceito não é utilizado apenas nos veículos da marca, mas, também, na forma como a empresa se relaciona com os seus clientes. Tanto que a Nissan confirma hoje no salão que está atendendo consumidores e se tornou a primeira fabricante de veículos a vender carros em escala comercial por meio de Inteligência Artificial no Brasil.
O projeto inovador, batizado Nissan Pre-Trail, foi desenvolvido em conjunto com a Startup brasileira Prometheus, criadora da Laura, que usa tecnologia cognitiva, capaz de aprender, para analisar os dados vitais de pacientes e fazer a identificação precoce dos riscos de infecção hospitalar. Criada pelo arquiteto de sistemas Jacson Fressatto, a Laura funciona em cinco instituições de saúde brasileiras e salva uma vida por dia, além de otimizar tempo e recursos.
Com esta tecnologia e o trabalho em conjunto das equipes de inovação digital da Nissan do Brasil e da Laura, utilizando o recurso de chatbot, foi possível tornar tangível o relacionamento com os clientes. Assim, além de atender aos consumidores, desenvolvendo toda a conversa digital, a Nissan já está vendendo carros no país totalmente sem intervenção humana, usando apenas os recursos da Inteligência Artificial. O primeiro carro comercializado desta forma foi um Nissan Kicks.
“A parceria entre a Nissan e a Laura demonstra que temos o mesmo objetivo de proporcionar um mundo melhor para as pessoas e, por isso, conseguimos desenvolver conjuntamente soluções tecnológicas com aplicações diferentes. E a parte comercial, pro bono, permite acelerar o projeto da ferramenta social”, afirma Humberto Gomez, diretor de Marketing da Nissan do Brasil.
A Inteligência Artificial deste projeto vem para desmistificar alguns conceitos do setor automotivo e contribui para o resultado da empresa. Além disso, com a evolução do projeto, a empresa passa a entender cada vez mais os hábitos dos usuários abertos ao uso de novas tecnologias e, assim, consegue também ir evoluindo neste relacionamento para desenvolver novos serviços e produtos.
Melhorar constantemente o relacionamento com os clientes é um dos objetivos da Nissan, reforçando a marca e satisfazendo as necessidades das pessoas. “O nosso objetivo vai além de vender carros, mas ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos”, afirma Cristiano Mineiro, gerente de inovação digital da Nissan do Brasil.
Com a ajuda da parceria comercial e do próprio aprendizado do dia a dia do sistema do projeto Nissan Pre-Trail, a Startup Prometheus consegue desenvolver e acelerar ainda mais a ferramenta social da Laura e, com isso, poderá ajudar a salvar mais vidas.
“A Laura trabalha em tempo real analisando todo o hospital no intervalo de 3.8 segundos para identificar quais são os pacientes que estão em risco. Meu objetivo é crescer e levar essa tecnologia de ponta acessível e eficiente para toda a saúde, no Brasil e no mundo”, afirma Jacson Fressatto.
Nissan no Brasil
A Nissan, uma das maiores fabricantes de veículos do mundo, está presente no Brasil desde 2000 e opera hoje com mais de 170 concessionárias em todos os estados do País. A empresa investiu R$ 2,6 bilhões na construção de seu Complexo Industrial próprio em Resende, no estado do Rio de Janeiro. Esta unidade industrial foi inaugurada em abril de 2014 e tem a capacidade de produzir 200 mil carros e 200 mil motores por ano. Atualmente, a unidade industrial fabrica o Nissan March, o Nissan Versa e o Nissan Kicks, além dos motores flexfuel 1.0 12V e 1.6 16V. A Nissan tem cerca de 2.400 funcionários no Brasil.
Laura
A Laura é uma tecnologia implantada nos hospitais para identificação precoce dos riscos de infecção hospitalar, a Sepse, responsável cerca de 233 mil mortes em UTIs brasileira, todos os anos, segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS). O recurso foi criado pelo arquiteto de sistemas Jacson Fressatto após a morte de sua filha. Ativo desde 2016 e funcionando em cinco hospitais do Brasil, a plataforma de inteligência artificial lê as informações dos pacientes e emite alertas que são enviados a cada 3,8 segundos à equipe médica com o objetivo de sinalizar o quadro de pacientes com riscos de infecção generalizada, além de alertar com antecedência outros casos de deterioração. A Laura monitora cerca de 60 mil pacientes por ano e já reduziu em média 9% a incidência de casos de infecção hospitalar. Este ano, a tecnologia passou a ser objeto de estudo no programa de pós-doutorado da Universidade de Harvard.
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